quarta-feira, 9 de maio de 2007

O VIOLINO DE GARDEN



Era de infinito que eu estava a falar
afinal o infinito é tão simples como
as preocupações diárias e o pão de azeite
para quem ama a serra de azeitão
mais conhecida por arrábida
é tudo relativo na teoria de eistein
curiosamente também no dia a dia da gente vulgar
é claro que tudo o que está em cima
é semelhante ao que está em baixo
e versa-vice de algum modo de aproxima
mas prefiro o som do violino
que juntamente com o do piano
alegram a vida e a alma
é só experimentar juntá-los
noites após noites e em local adequado
para sonatas e melodias de encantar
como as de alguns criadores sem nome
já que estamos no século do futuro
e o futuro nunca teve nome
vem aí devagarinho
só os homens têm pressa
o futuro nunca é mensurável nunca
mesmo com a agitação dos dias
a inflação e o caderno de contas nacionais
o futuro é o presente melhor
à partida
à chegada revela-se o mesmo de sempre
a corda na garganta
as contas sempre difíceis de manter em dia
e aquela chatice do tempo
ou melhor dizendo da sua falta
é isto a vida dos homens
deixo para uma mulher falar das mulheres
sempre insatisfação
e o infinito a espreitar sempre sobre a nossa cabeça

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