quarta-feira, 30 de maio de 2007

NEM MAIO NEM MADURO



NEM MAIO NEM MADURO


já não vale a pena pedir
chuva no nabal sol na eira

já não vale a pena esperar

lá se foram todas as esperanças
todos os sonhos e quimeras vãs
todas as mãos que podiam
fazer regresso às origens

esta manhã em dia de greve
o senhor Mundo morreu
sem deixar descendência

acabou a geração rasca a de oiro
a de prata a ilustre a ilusória
a que não vai vir acabou-se

tudo ó tudo
o que era vaidade
e vento que não passou
nem passar vai

nem em maio já se pode confiar

paciência
que tarde já ontem era

1 comentário:

Anónimo disse...

Jaquim
gosto desse aparente desespero de causa. Com muita graça!