quarta-feira, 31 de outubro de 2007

QUASE PERFEIÇÃO

Quase


Quase perfeita
a razão do gesto
que não aconteceu.
Quase perfeita
a memória do gosto
que se perdeu.
Quase perfeita
a mão
que escreveu
e não rasgou
palavras amargas.
E a doçura ali tão perto:
ali mesmo ao lado.
Metade da alma
partida,
perdida...
Quase perfeita,
a intenção!


Monte Abraão, 30. outubro. 2007

3 comentários:

Poesia Portuguesa disse...

Quase perfeito
O momento
Que nunca doeu.

Quase perfeita
A onda suave
Que te envolveu.

Quase perfeito
O sonho branco
Que se perdeu.

Quase perfeita
a palavra-chave
que nunca nasceu.


Um abraço e grata pela partilha ;)

Anónimo disse...

Terra Branca
se chama o conjunto
dos poemas que este
envolveu.
Sei-o, porque bis
de vezes bisbolhotei
os teus arquivos,
e adorei!

Mena

Anónimo disse...

É muito curiosa e encantadora esta poesia que chega de mansinho e fica connosco!
Gostei! Continuo a gostar...

ANA